quarta-feira, 1 de junho de 2011

E o que que fica?

Preciso de explicações:
por onde que passo tudo se mistura
preciso (re) organizar, mas é tão complicado, partes por partes, dá trabalho e
ninguém quer....
Depois da escolha de vida pela psicanálise, já era. Não dá pra fingir que está tudo bem, que sou completa, única, não tem volta -  "meubem".
Quero o relógio do tempo, do tempo do meu inconsciente, dos meus significados e significantes.
Por que sou um ser faltante?
Por que somos? Queria ter tudo, ser tudo, sabe aquele ideal? Então.....não passo de uma guria mimada!

"Eu vou pagar a conta do analista,
pra nunca mais ter que saber quem eu sou, saber quem eu sou..."

As palavras é que me confortam. Por mais difíceis que sejam de pronunciar, de fazer com que elas saiam pela boca do id.

Um comentário:

  1. Não entendo
    Autora: Clarice Lispector

    "Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo".

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